[ainda noite, mas já manhã prenunciada, veio o texto.]
[texto assim: fiapo da roupa de um peregrino.]
[lembrei-me então da carta que paul celan escreveu a hans bender em 18 de maio do ano de 1960: "só mãos verdadeiras escrevem um poema verdadeiro. em princípio, não vejo nenhuma diferença entre um aperto
[fiapo da roupa de um peregrino.]
[com a delicadeza que se impôs em hora tão inaugural no tempo, tratei de laçar a lápis esse indizível que jamais escreveremos.]
[modo não há de escrever o fiapo que se fez de texto na manhã prenunciada.]
[texto assim: fiapo da roupa de um peregrino.]
[lembrei-me então da carta que paul celan escreveu a hans bender em 18 de maio do ano de 1960: "só mãos verdadeiras escrevem um poema verdadeiro. em princípio, não vejo nenhuma diferença entre um aperto
de mãos e um poema".]
[e o texto veio assim: fiapo da roupa de um peregrino.]
[e o texto veio assim: fiapo da roupa de um peregrino.]
[não era ouro, não era ourivesaria, nada de texto-diamante à luz chegante do dia: era fiapo.]
[fiapo da roupa de um peregrino.]
[com a delicadeza que se impôs em hora tão inaugural no tempo, tratei de laçar a lápis esse indizível que jamais escreveremos.]
[modo não há de escrever o fiapo que se fez de texto na manhã prenunciada.]
[o fiapo é o indizível, é o horizonte inalcançável, é isto que nos ilude para a escrita sempre sonhada e impossível.]
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