[ELOGIO DA FRASE-ÁGUA]
[denso pode ser apenas um nevoeiro na vidraça. ou nos óculos.]
[pobre texto que trai o tom de voz de seu autor.]
[se não fizer faísca, a palavra não está pronta para entrar no poema.]
[parece haver um momento nessa orla de tempo em que todos, literalmente todos, mais cedo ou mais tarde, citarão clarice lispector.]
[com ou sem editor, o livro viverá; com ou sem tradutor, o livro viajará.]
[o ácido da palavra ácido corrói lentamente, eternamente, infinitamente. a frase, porém, permanece intacta.]
[o verdadeiro fim, o fim de todos os fins, é cair na vala comum dos escritores de província.]
[desconfie, mas desconfie com todos os radares, quando um político usar um poema em seu discurso.]
[exibia-se em pompa e empáfia até diante do morto ilustre. e compunha uma autoelegia fúnebre.]
[era uma frase-água não por ser líquida, mas pela limpidez, pela elegância do que dizia.]
[certeza eu tenho: por trás da chuva, da nuvem, do escuro, está acesa a lua.]
[pobre texto que trai o tom de voz de seu autor.]
[se não fizer faísca, a palavra não está pronta para entrar no poema.]
[parece haver um momento nessa orla de tempo em que todos, literalmente todos, mais cedo ou mais tarde, citarão clarice lispector.]
[com ou sem editor, o livro viverá; com ou sem tradutor, o livro viajará.]
[o verdadeiro fim, o fim de todos os fins, é cair na vala comum dos escritores de província.]
[desconfie, mas desconfie com todos os radares, quando um político usar um poema em seu discurso.]
[exibia-se em pompa e empáfia até diante do morto ilustre. e compunha uma autoelegia fúnebre.]
[era uma frase-água não por ser líquida, mas pela limpidez, pela elegância do que dizia.]
[certeza eu tenho: por trás da chuva, da nuvem, do escuro, está acesa a lua.]
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