[hoje ouvi com fervor jovens
poetas contemporâneos
que não me conhecem, nem
de mim jamais souberam um nada,
nem cisco, nem traço, nem
mesmo um ponto qualquer
vocabular posto em poema.
eu os ouvia, ouvia, e neles
e deles aprendia o mosaico
de um jorro-vozerio, tantas vozes,
tantos dados lançados
tantos dados lançados
em constelações infinitas.
era uma estranha e sedutora
mosaicografia, gramática
de partículas em fluxos
e refluxos, em continuidade
e ruptura.
o tempo, o tempo, o tempo,
pensei, pensei na areia, e pensei
no mar, e logo fui então vagar
pensei, pensei na areia, e pensei
no mar, e logo fui então vagar
pela rua, deixei que as vozes deles
compusessem em meus antipassos
uma talvez sonata, uma talvez sinfonia.]
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