[COISA DO POEMA, COISA DO PENSAMENTO]

[a dialética espiralante, em espirais, com a tríade tese, antítese e síntese em deslizamento ao redor do objeto-ideia, revisitação constante das faces do objeto-ideia, cada momento outro momento, cada vinco outro vinco, cada rasura outra rasura, cada traço outro traço, cada dobra outra dobra, isto é coisa do poema e é também coisa do pensamento. desformalizar, desformular e deformar cada passagem com a operação da tríade em constante movimento acima e abaixo, para um lado e outro, isto é coisa do poema e é também coisa do pensamento. destituir a tríade tese, antítese e síntese de sua propensão a criar binarismos, mesmo que, a contragosto para ela, mesmo que um desconforto para a sua já viciada rigidez, isto é coisa do poema e é também coisa...