[sentir a náusea ao ler o palavroso,
tanta linha para pescar o mínimo,
tanto anzol no leito indefeso do rio.
a mão que se quer gula
mas toda furo de peneira,
eis o palavrório
eis o palavrório
com as suas dobras e suas gomas.
e cansa. é náusea e é cansaço.
por que tantas palavras?
pergunta o silêncio.
essas megavoltagens
para iluminar umbigo.
será isto púlpito? será pódio?
será parlamento? será templo?
pergunto junto com o silêncio.]
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