mas o saber esvaiu-se, areia
na peneira, matéria
não mais apanhável, toda ao chão
como se fungo, lodo,
não mais apanhável, toda ao chão
como se fungo, lodo,
água ferruginosa.
ainda há pouco eu sabia, eu disse,
ainda há pouco eu sabia, eu disse,
e repito, sabia, mas o saber
que eu sabia em vapor
se fez, um outro saber,
se fez, um outro saber,
frágil, lerdo, manco,
logo esse novo saber
logo esse novo saber
apontou ali onde os saberes
fazem morada, um novo saber
fazem morada, um novo saber
qual estranho, qual bicho sem nome.
tive de aceitá-lo,
a um saber não se dá a recusa,
a um saber não se dá a recusa,
ele vem,
puxamos a cadeira,
puxamos a cadeira,
deixamos que seja
novo conviva. olá, eu digo,
novo conviva. olá, eu digo,
solto verbos amigáveis,
sirvo-lhe o cálice, sirvo-lhe a prosa
de uma frase sinuosa
de uma frase sinuosa
das que honram
as amizades,
as amizades,
isto até que o destino dos saberes
outra vez, em reprise, outra vez
outra vez, em reprise, outra vez
o destino leve o visitante,
mais um dia passa, outro ano,
outros saberes chegarão,
outros saberes chegarão,
e outra vez
vão ceder o lugar
vão ceder o lugar
para novos saberes chegantes.]
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